sexta-feira, 28 de março de 2008

I'm sensing owls aren't you?

Essas ruas tem sido andadas por séculos. Os bares tem sido bebidos, gritados e rejuvenescidos todos os anos. Ambos cumprem com sua função.
A distância tem diminuído com os transportes e aumentado com a falta de tempo. Falta de tempo pra que?(Me diz). A gente brinca de ocupado. A vida de verdade de um monte de gente esta escondidinha num sonho quieto e morno que acredita um dia vencer a rotina.
Eu vivo cada risada e cada pessoa como vive uma fotografia. Nem sempre, mas todos os dias.
Eu sou uma pessoa que tem muita saudade, muita mesmo. Estou quase acreditando que nasci pra aprender a sentir saudade. E no meio de tudo isso e de tanta gente não sei qual é o tamanho da minha solidão. Só sei que meu aprendizado, aquele que a gente só aprende sozinho às vezes em silêncio, é de uma solidão gigante e tão linda que parece apalpável. Criam-se os valores e a certeza de que eu sou a menina que vejo no espelho. Uma frase dessas acaba sendo um documento para se utilizar no futuro. Um post-it na geladeira “lembre-se de ser o reflexo também”.
Vou guardar que eu sou a menina que pára de chorar quando se enxerga no espelho. A menina que acredita que a felicidade é mais importante do que tudo. Acredita, mesmo tendo medo. Porque ela viu no filme da Lisbela uma frase bonita que é “Eu também tenho medo...mas não tenho medo de ter medo”. Medo da felicidade exigir muita insanidade. A escrita descambou pra outros lados. É que essas madrugadas têm me deixado sensível, ando querendo escutar minhas músicas e também a mim, mesmo sentindo que meu sono anda atrasado.
Eu não quero entregar o mistério de hoje, muito menos escrever o que me inspirou a escrever porque o motivo que me levou a isso, ah! O motivo é muito terreno e confuso. Esmiuçar sentimentos em noites de insônia faz a gente criar umas verdades muito solitárias. E de criar solidão estou farta.

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