segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A grande festa

O tambor tocava simples uma melodia para chamar as formigas de perto. Quase na hora do sono, umas plantas já fechadas, os seres do quintal inteiro notaram o batuque daquela noite.

Era uma noite nova, diferente, dessas que acontecem uma vez por ano. A novidade do quintal me embalava, genuinamente. As plantas só abririam de manhã, com exceção dos lírios e orquídeas festeiros, expondo seu aroma no movimento das células.

A chamada do Jornal Nacional não significa nada para esse jardim. Aqui só vale o que é sol, lua, água e hoje esse batuque.

Ele anima e celebra mais uma noite que chega.

Nós somos seres elétricos.