quinta-feira, 30 de agosto de 2007

No pressure over cappuccino

Pessoas tem mania de falar "não sabemos o dia de amanhã" em um tom bem pessimista. Falam como se fosse bom rever seus amigos antes que eles morram e você nunca mais os vejam.

Na última reunião com minhas mais antigas e amadas amigas uma delas falou uma coisa muito bonita que mudou essa visão ruim de não sabermos o dia de manhã.

É melhor mantermos contato com as pessoas que amamos pois algo de muito bom pode acontecer na vida delas... elas podem realizar o grande sonho de suas vidas, podem casar com seu grande amor, podem vencer um medo, podem ter um filho, podem ter descoberto um jeito de permanecerem felizes.

No pressure over cappuccino é uma música da Alanis que me faz querer estar perto de amigas de descobertas, a gente não sabia muito bem inglês naquela época mas cabe bem aqui um trecho da música que escutamos repetidamente em centenas de lugares:

Well you may never be or have a husband
you may never have or hold a child
You will learn to lose everything we are temporary arrangements

tradução:
Bem você pode nunca ser ou ter um marido
você pode nunca ter ou segurar uma criança
Você aprenderá a perder tudo nós somos arranjos temporários

Amo, amo vocês

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A arte de perder

A arte de perder não é difícil de dominar
Tantas coisas parecem feitas com o intuito de serem perdidas
Que sua perda não é um desastre
Perca alguma coisa todos os dias
Aceite o contratempo de perder as chaves da porta
Eu perdi duas cidades dois rios um continente
Eu os perdi mas não foi um desastre
Ate mesmo perder você a voz zombeteira um gesto que eu adoro
Eu não terei mentido
É evidente que a arte de perder não é difícil dominar
Embora possa parecer (escreva) como sendo um desastre.

Elizabeth Bishop

Migração


Como é que pode valer tanto a pena viver.
Existem passarinhos que pesam gramas e se preparam para longas viagens. Eles vivem uma vida a cada dia, tamanha luta.

Retiro (o que disse)

- Eu preciso de um retiro espiritual.(...) Ah! Sabia que eu me inscrevi no Topa ou não Topa?
- Pra quê?
-Aquele do Silvio Santos pra ganhar um milhão!
- Você precisa de um retiro espiritual.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

A intensidade passa

Eles lá ou queriam muito ser crianças ou ficavam fingindo-se de adultos. Tratavam-me sempre como a mais nova inexperiente (e eu já tinha passado a minha época de engrandecê-los há tempos). E neste tempo eu não queria nem o passado nem o futuro, apesar das saudades e expectativas, queria era estar no agora, com a sinceridade do agora. Sabe, eu poderia ser mais interessante se me esforçasse um pouco, mas não tinha vontade de ser mais do que eu mesma, até mesmo sem graça nas horas em que quisesse.
De qualquer forma sentia que essa minha plasticidade conferia-me algo maior do que aqueles julgamentos, sentia até uma espécie boba de orgulho por poder ser eu mesma frente as advertências sobre como seria o “mercado de trabalho” sobre o “tanto que eu ainda tenho que aprender” (o que será que aquelas pessoas sabiam tanto?)ou ainda “sobre os pudores”; que se lasquem os pudores, eu precisava me livrar de aparências.
O que me incomodava era que se eu falasse sobre isso com eles nada teria tanta importância como um dia tinha tido. E porque então tentar manter um vínculo superficialmente descente e profundo quando o que restou de nós foram as piadas?Ah! eu já estava incomodada com aquela coisa toda, e sem escrúpulo nenhum pensava que talvez um dia mostrasse na cara deles o que era essa minha verdade e o que eu pensava dos nossos encontros sem assunto.