Quero me emocionar todos os dias.
Desde que inventaram o Facebook quase que me desconectei das
minhas palavras. E o que escrevi se perdeu em uma linha do tempo mais volátil
que o álcool da lareira que defumou minha casa hoje.
As plantas que deixei de aguar sofreram com isso.
Minha sorte é que as plantas nunca se vingaram assim de mim, diretamente.
Preciso de música para pulsar o que eu sinto. É disso que me
alimento: de amor, de arte e de verdade. E também da sabedoria do tempo.
Meu coração se liberta com a profundeza da vida.
Vamos viver de verdade? Sem dor no coração? Sem ter que ter nada.
Só o desapego é
verdadeiro. Diriam que eu estou enlouquecendo porque minha profissão é fazer as
pessoas quererem conquistar coisas, conquistar tudo o que podem. Conquistar o que os outros dizem para você
conquistar é que dá essa dor no coração. Com meu trabalho quero revelar verdades.
Meu trabalho serve para você poder dizer: “eu sou quem eu
sou e me sinto bem na minha própria pele”
Pois eu digo, tudo o que podemos ter de mais precioso nessa vida é: consciência.
Consciência de que somos de carne e osso, e envelhecemos.
E também de que temos um espírito.
E que precisamos nos cuidar. E que precisamos de conexão uns
com os outros.
É nosso cuidado e nossa conexão que nos cura.
Vou aguar minhas plantas de novo, depois que a chuva parar.
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